Centro Cultural José Octavio Guizzo floresce como polo artístico no MS

Após reforma e ampliação, espaço cultural expande atividades e atrai nova geração de artistas

18/12/2025 às 11:29
Por: Redação

Foi com elegante nostalgia e uma modernidade revigorante que o Centro Cultural José Octavio Guizzo (CCJOG) reabriu suas portas para a fervilhante vida cultural de Mato Grosso do Sul. Desde a sua reinauguração em 2 de abril do ano passado, após uma longa pausa desde 2016 para reformas, o espaço tem sido um verdadeiro ponto de encontro para a comunidade artística local e visitantes. Especialmente, o Teatro Aracy Balabanian se consolidou como um dos locais mais procurados por artistas, ávidos por experimentar e compartilhar suas performances.

 

Sob esta nova direção, o ano de 2025 testemunhou um florescimento das atividades no centro cultural, com um salto impressionante na ocupação das salas. Em contraste com os 16 grupos que se apresentaram em 2024, 98 grupos já utilizaram os espaços até outubro de 2025, registrando um significativo aumento de 512%. Novas oficinas, abrangendo moda, fotografia e artesanato, uniram-se às tradicionais apresentações de dança, teatro e percussão. O espaço também se tornou um refúgio vibrante para grupos LGBTQIA+ e adeptos do K-POP, entre outras tendências contemporâneas.

 

Números que traduzem sucesso

A crescente popularidade do teatro é evidenciada pelo aumento nas visitas técnicas, passando de 15 em 2024 para 84 em 2025 até novembro, refletindo um crescimento aproximado de 460%. No mesmo ano, o Teatro Aracy Balabanian acolheu 78 diferentes eventos, abrangendo formaturas, espetáculos de dança e festivais, solidificando sua reputação como um epicentro cultural.

 

A Galeria Wega Nery também brilhou em 2025, com três exibições marcantes. “Elos”, visitada no Campão Cultural, “Artistas da Natureza”, promovida pelo Sesc, e a instigante “Vivências Singulares – Nem tudo é tragédia”, coordenada pelo Coletivo Enegrecer, enriqueceram o calendário artístico da cidade.

 

Gestão e diversificação de atrações

Johnny Larroque, o gestor do CCJOG, destaca a diversificação das atrações como um dos marcos do ano. "No ano passado, o teatro era predominantemente ocupado por políticas públicas. Este ano, está mais diversificado, abrangendo desde projetos sociais até grandes empresas," observa, revelando um aumento de 44 para 78 grupos entre 2024 e 2025.

Johnny frisa que a missão do centro é abraçar todas as manifestações culturais, derrubando barreiras elitistas: "O teatro é acessível. Muitas apresentações são gratuitas ou têm ingressos acessíveis, desde clássicos até o moderno K-POP," reforça ele.

 

A beleza renovada do espaço, agora uma fusão de modernidade e charme antigo, é frequentemente elogiada. Muitos visitantes são atraídos pela memória afetiva, enquanto a reforma adiciona conforto sem perder a essência histórica que fascina tantos frequentadores.

No ateliê, a artesã Elizabeth Marques expressa gratidão pelas novas possibilidades que o centro proporciona. "Este espaço abraça os artistas, é uma maravilha para nós ceramistas. Ele oferece um ambiente acolhedor para ensinar e criar, indispensável."

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